Mais do que ocupar espaços de poder, gestores e articuladores negros e negras vêm construindo caminhos para a igualdade racial no Ceará. Frente a diversas políticas públicas de Estado, eles trazem consigo o sentido da coletividade e dão base para que outros homens e mulheres negras também ocupem estes espaços.
Às vésperas do Dia da Consciência Negra, a Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) conversou com a assessora especial de Acolhimento aos Movimentos Sociais no Ceará, Zelma Madeira; a secretária-executiva de Planejamento e Gestão Interna da Cultura do Estado, Mariana Braga; o secretário-executivo da Administração Penitenciária do Ceará, Rafael Beserra e o delegado-geral da Polícia Civil do Ceará, Sérgio Pereira. Atuando em diferentes frentes do Governo do Estado, eles colaboram para a construção de um Ceará antirracista, com mais igualdade, equidade e diversidade.
A coordenadora de Políticas para Promoção da Igualdade Racial da SPS, Martír Silva, destaca a importância da representatividade para romper com a invisibilidade que o racismo produz para as pessoas negras. “A representatividade demonstra a ruptura com o isolamento de pessoas negras, com sua falta de acesso aos espaços de produção do saber, nos espaços políticos, e sobretudo nos espaços de encaminhamentos e de decisão, e quanto maior esta representatividade, mais significativa a igualdade racial”, aponta.