Nesta quinta-feira (19), o Instituto Atlas Intel divulgou uma pesquisa sobre a corrida eleitoral no Crato, em que o candidato da oposição Dr. Aloísio (União Brasil) aparece liderando com 48,8% das intenções de voto, seguido pelo candidato da situação, André Barreto (PT), com 41,6%, e pelo terceiro colocado, Lucas Brasil (PSDB), com 4,2%. Contudo, a divulgação dessa pesquisa levanta dúvidas, já que o Atlas Intel já foi alvo de polêmicas e questionamentos quanto à sua metodologia.
O mesmo instituto teve uma pesquisa suspensa em Fortaleza pelo Tribunal Regional Eleitoral, por usar uma metodologia que pudesse induzir os resultados previamente desejados. Além disso, o Atlas Intel sofreu críticas em outros municípios, como Barreiras e Camaçari, na Bahia. Em Barreiras, a metodologia também foi alvo de críticas pesadas, enquanto em Camaçari a situação foi ainda mais peculiar: a pesquisa foi divulgada no dia 1º de abril, tradição conhecida como o “Dia da Mentira”. O presidente do PDT de Camaçari, Anderson Santos, questionou o método utilizado, destacando que pesquisas realizadas via internet podem distorcer os resultados, especialmente pela facilidade com que os entrevistados podem ignorar ou não completar a pesquisa.
Outro ponto relevante é que a Atlas Intel não é filiada à Associação Brasileira das Empresas de Pesquisas (Abep), o que pode comprometer a remuneração de seus resultados. Além disso, o site FiveThirtyEight, que avalia o desempenho de institutos de pesquisa eleitorais, deu ao Atlas Intel uma classificação de 2,7 estrelas, abaixo de outros institutos tradicionais. O mesmo instituto também é visto pelo órgão avaliador como tendo uma orientação à direita, o que levanta questões sobre possíveis visões em suas pesquisas.
Diante de todo esse contexto, fica o questionamento: até que ponto essa pesquisa do Atlas Intel no Crato pode ser considerada confiável?