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Por que Eduardo Girão não será candidato à reeleição?

O senador Eduardo Girão (Novo) surpreendeu ao anunciar que não disputará a reeleição ao Senado em 2026. Em vez disso, ele lançou sua pré-candidatura ao Governo do Ceará, defendendo uma frente ampla de oposição ao grupo governista no Estado. A decisão levanta questionamentos sobre os motivos que levaram Girão a abrir mão de um novo mandato no Congresso e os desafios que ele enfrentará na corrida pelo Palácio da Abolição.

Contra a reeleição

Desde que ingressou na política, Girão tem se posicionado contra a reeleição para cargos do Executivo e do Legislativo. Ele afirma que a renovação política é essencial para o fortalecimento da democracia e que sua postura de não buscar um novo mandato no Senado está alinhada a esse princípio.

“Desde o primeiro dia do mandato, me comprometi a não disputar a reeleição. Acredito que a alternância de poder é fundamental para evitar vícios e manter o compromisso com a sociedade”, declarou o senador ao oficializar sua pré-candidatura ao Governo do Ceará.

Estratégia da oposição

O anúncio de Girão ocorre em um momento em que a oposição no Ceará busca se reorganizar para enfrentar o grupo político liderado pelo governador Elmano de Freitas (PT). Ele defende a formação de uma frente ampla que envolva partidos como PL, União Brasil, PSDB e Novo, e acredita que sua candidatura pode agregar diferentes setores contrários à atual gestão estadual.

“Ninguém faz política sozinho. Precisamos unir forças para oferecer ao Ceará uma alternativa viável e comprometida com os valores que defendemos”, disse Girão.

Histórico político e desafios

Empresário e ativista conservador, Eduardo Girão foi eleito senador em 2018 e, em 2024, disputou a Prefeitura de Fortaleza, mas obteve apenas cerca de 1% dos votos. Agora, ao se lançar na disputa pelo governo estadual, ele enfrentará desafios como a baixa capilaridade do Novo no Ceará e a necessidade de consolidar alianças com outros grupos da oposição.

Além disso, a disputa pelo espaço oposicionista deve ser acirrada. Outros nomes, como o ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT) e o ex-deputado Capitão Wagner (União Brasil), também articulam candidaturas, tornando o cenário incerto para Girão.

Próximos passos

A pré-candidatura de Eduardo Girão ainda precisa ser consolidada dentro do bloco oposicionista. Nos próximos meses, ele buscará ampliar sua base de apoio e fortalecer sua presença no interior do Estado, onde tem menor penetração política.

Com a decisão de não tentar a reeleição ao Senado, Girão aposta todas as fichas na disputa pelo Governo do Ceará. Resta saber se sua estratégia será suficiente para romper com a hegemonia do PT e de seus aliados no Estado.

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